Se está preocupada em descobrir como aliviar a dor no parto natural, saiba que esse é um processo que começa muito antes do trabalho de parto.
Há um ditado que diz que “o corpo alcança o que a mente acredita”, por isso, acreditar, visualizar e conversar com o seu bebé são os primeiros passos para conseguir um parto natural tranquilo e sem sobressaltos.
Lembre-se, há milhares de anos que as mulheres dão à luz, o seu corpo está preparado para receber o seu bebé na forma mais natural possível. Relaxe!
Ainda assim, também desde que o mundo é mundo que há técnicas que a podem ajudar nas horas de parto que se aproximam.
7 métodos para aliviar a dor no parto natural
1. Apoio
Como já referimos, o seu corpo está preparado para o parto natural mas, ainda assim, é desafiante.
São longas horas de parto, há cansaço, medos e dor envolvida, por isso, é absolutamente fundamental que tenha, do seu lado, alguém em quem confie e que a apoie incondicionalmente. Falámos do seu companheiro, naturalmente, mas, também, de uma equipa vocacionada para o parto natural ou de uma doula que ajude a mulher a dar à luz, sem pressões, no seu tempo e do bebé.
Ter alguém do seu lado, que lhe dê apoio físico e emocional, para que se sinta o mais confortável possível e ajude a aliviar a dor no parto natural, pode diminuir, consideravelmente, os níveis de ansiedade e stress.
Durante o trabalho de parto, não substime o poder de um abraço, de um beijo apaixonado, de uma massagem na lombar e de muito mimo. Deixe a ocitocina fluir.
2. Hidroterapia
O parto na água apenas é recomendado para mulheres, entre as 37 e as 41 semanas, que tenham passado por uma gravidez de baixo risco e sem contra-indicações para um parto vaginal, que pretendem um parto sem recurso a medicamentos (epidural).
Infelizmente, no nosso país, em nenhum hospital público é possível ter um parto na água, apenas se optar pelo parto domiciliar ou numa instituição privada. No entanto, é possível que na grande maioria das instituições médicas possa usar o chuveiro, com jatos de água morna no fundo das costas, para alívio da dor.
No caso do parto na água, ao entrar na banheira ou piscina, a mulher sente uma sensação de relaxamento físico e emocional que apenas a água pode oferecer. Além disso, a água permite uma maior leveza e facilidade de movimentos, permitindo que a mulher adote a posição que lhe for mais conveniente, sem esforço.
O ideal será que apenas entre na água quando atingir os 5 ou 6 cm de dilatação, uma vez que água quente pode baixar a pressão e desacelerar o trabalho de parto.
3. Vocalizações
Há uma ligação direta ente o canal vaginal e a sua boca, ao abrir a boca e as cordas vocais, proporciona o relaxamento do períneo e a abertura de outros canais como o colo do útero e a vagina. Quanto mais abre a boca, mais abre o canal de parto. Por isso, à medida que as contrações surjam, não lute nem as contrarie mas aceite-as como parte fundamental do processo. E se precisar de vocalizar a força das contrações, faça-o, sem medos.
Ao vocalizar, relaxa, liberta as emoções, a dor, e produz endofirnas. Um corpo tenso, terá mais dor, por isso, procure estar relaxada e entregue-se ao trabalho de parto, faça o que o seu corpo precisar para aliviar a dor do parto natural e receber o seu bebé. Com a boca aberta mas relaxada, emita sons graves sempre que precisar. E não, não são gritos, são vocalizações! Não, não se portou mal por exteriorizar, antes fez o que o seu corpo precisava para o seu bebé vir ao mundo.
4. Respiração
Sabe aquela imagem que vê nos filmes, com as mulheres a expirar de forma consecutiva? Não vá por aí, a não ser que seja necessário, por qualquer razão, travar a saída do bebé. Respirar de forma ritmada ajuda a relaxar e a aumentar a quantidade de oxigénio disponível para a mãe e para o bebé, mas faça-o de forma lenta e profunda.
Assim que entra em trabalho de parto, é importante controlar a exaustão que pode, na verdade, ser o maior desafio, especialmente, quando se trata de um parto sem epidural. Feche os olhos, inspire pelo nariz e expire profundamente pela boca, libertando todo o ar. Pense nisto: inspire calma, expire tensão.
Estas são técnicas de relaxamento fundamentais para a ajudar a lidar com o parto natural, não as menospreze e comece já a praticar assim que surgiram as primeiras contrações de Braxton-Hicks. Não se esqueça de beber água, chá ou água de coco para não ficar com a boca seca e para se manter hidratada.
> Saiba mais aqui sobre a respiração no trabalho de parto.
5. Movimentação
Durante o trabalho de parto, é essencial que a mulher se mexa para ajudar o bebé a descer. Adotar uma posição vertical e manter a mobilidade da pélvis – de pé rodando a anca ou sentada numa bola de pilates – ajuda na na progressão do trabalho de parto, uma vez que promove a circulação uterina e permite que as fibras musculares contraiam de forma mais eficiente. Resultado? Um trabalho de parto mais curto.
Caminhar durante o trabalho de parto reduz o risco de partos operatórios e de analgesia. Assim, durante o trabalho de parto, procure manter-se de pé, mova a anca, seja a dançar, com movimentos circulares ou com o auxílio da bola de pilates porque, não só alivia a dor do parto natural como ajuda o bebé a descer e acelera o trabalho de parto.
7. Acupuntura ou Acupressão
A acupuntura pode ser considerada para ajudar no controlo da dor no parto normal, já que a agulha é capaz de atingir os nervos tensos com muita precisão e libertar endorfinas (ajuda a atenuar a dor).
Quem tiver fobia a agulhas pode substitui-las pela pressão, com os dedos, no ponto de dor.
De acordo com alguns estudos, este método não é suficiente para garantir uma anestesia até ao final do trabalho de parto mas, alguns grávidas, sentiram-se muito confortáveis.
A acupunctura tem benefícios como: não alterar os níveis de consciência materna, permitindo seu uso durante todo o processo de nascimento e após o parto; representa uma opção economicamente viável e é uma técnica segura, uma vez que não há registo de efeitos colaterais na sua aplicação.