Share the post "Artrose: a alimentação certa para reduzir a inflamação e melhorar o estado nutricional"
Alimentação e artrose são conceitos que não devem ser separados. Não só uma alimentação correta pode prevenir o processo degenerativo das articulações que estão na origem deste problema, como também pode revelar-se um auxiliar no controlo dos sintomas e na melhoria do estado de saúde do doente.
Neste tipo de patologias, o acompanhamento de uma equipa multidisciplinar com nutricionista é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos doentes. Na nova plataforma dor.com.pt pode também encontrar dicas sobre nutrição para as diferentes patologias que causam dor, inclusive para as doenças reumáticas. Não deixe de visitar!
Artrose: em que consiste a doença?
A artrose é uma doença reumática que apode afetar diversas articulações e caracteriza-se pelo processo degenerativo e desgaste das mesmas. Apesar de se manifestar maioritariamente na população idosa, esta também pode atingir pessoas de outras faixas etárias.
Os sintomas são variáveis e dependem da gravidade da doença, bem como das articulações afetadas: dor, inchaço e inflamação ao nível articular, rigidez e mobilidade limitada nomeadamente nas articulações afetadas.
Alimentação e Artrose: o que deve incluir no seu dia-a-dia
Quando se fala da saúde das articulações, é importante reforçar a importância da manutenção de um peso adequado: este fator está fortemente ligado à sintomatologia da artrose, nomeadamente a presença de dor nas articulações. No site dor.com.pt existe um Código Visual da Dor que facilita a comunicação com o médico quando a dor se manifesta.
Portanto, manter um peso adequado à altura é essencial. Para isso, é necessário manter uma alimentação saudável e equilibrada, combinada com a prática de atividade física que deve ser sempre monitorizada e aconselhada por um profissional de saúde.
Quando se fala de alimentação e artrose há que ter em conta alguns nutrientes fundamentais que contribuem para o fortalecimento e saúde das articulações. Nutrientes como o cálcio, vitamina D e o teor proteico na alimentação devem ser monitorizados e contemplados aquando da realização do plano alimentar individualizado.
1. Dieta mediterrânica
Muito se fala da dieta mediterrânica e dos seus benefícios para a saúde: estudos comprovam que a prática de uma alimentação com base na pirâmide mediterrânica tem uma relação direta na melhoria dos sintomas articulares, não só especificamente para a artrose como também para as doenças reumáticas em geral.
Recomenda-se o consumo regular de cereais integrais, fruta e legumes, frutos secos e leguminosas, sempre nas proporções devidas e privilegiando a diversidade de cores e produtos alimentares. O azeite, que é um dos principais alimentos da dieta mediterrânica, é conhecido pelo seu teor em ácidos gordos insaturados, com um papel importante ao nível inflamatório, assim como os frutos secos e os peixes gordos.
A forma como se confecionam os alimentos é igualmente importante: o ideal é optar por confecções com baixo teor de gordura como é o caso dos cozidos, grelhados, estufados e assados simples.
2. Cálcio
O cálcio é um nutriente com diversas funções fundamentais no organismo e a sua presença na alimentação deve ser adequada, principalmente na infância e a partir dos 50 anos. É importante para o bom funcionamento e manutenção dos ossos e articulações, assumindo um papel fundamental na presença e gestão da sintomatologia na artrose.
Na lista dos alimentos ricos em cálcio constam os lacticínios (leite, queijo, iogurte…) e os vegetais verdes e de folha verde (espinafres, nabiça, alface, brócolos, espargos…).
3. Vitamina D
Uma das funções da vitamina D passa pela fixação do cálcio nos ossos, contribuindo também para o bom funcionamento, mobilidade e saúde das articulações. Tem ainda uma ação ao nível do sistema imunitário, pelo que manter um bom aporte desta vitamina torna-se essencial para prevenir o processo degenerativo e desgaste das articulações.
Nem sempre é possível obter a quantidade necessária de vitamina D mediante a exposição solar, nomeadamente durante o período de inverno, por isso, a toma de suplementação pode ser avaliada junto do médico.
4. Frutos secos e peixe gordo
Uma alimentação que contemple ácidos gordos ómega-3 e 6 é fundamental para a prevenção de diversas doenças, nomeadamente as reumáticas. Estas gorduras insaturadas têm uma ação anti-inflamatória que podem ajudar na melhoria dos sintomas e na redução da inflamação. Os alimentos ricos nestas gorduras contêm ainda vitamina E, com ação antioxidante que previne o desgaste articular e outras complicações associadas ao processo degenerativo da articulação.
É aconselhável a ingestão 1 punhado de frutos secos 1-2 vezes por dia, e que o consumo de peixe gordo (salmão, cavala, atum, arenque…), seja de, no mínimo, 2 vezes por semana.
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