Share the post "Alergia ao pólen: os principais sintomas e tratamentos para a doença da Primavera"
Os pólens são grãos de dimensões mínimas, invisíveis ao olho humano e que são produzidos pelas flores. A libertação destes grãos, a polinização, é responsável pelas crises alérgicas. Estes são os alergénicos mais importantes do ambiente exterior e que produzem a maior parte dos sintomas da alergia ao pólen.
A sua gravidade depende de cada pessoa, da quantidade de pólen existente no ambiente bem como da exposição da pessoa a este. Como estes fatores são variáveis, todos os anos as reações podem ser diferentes diferentes, tornando-se mais graves quando há maiores níveis de pólen no ar.
Em Portugal, o pólen das gramíneas, conhecidos como fenos, é o principal causador das alergias respiratórias, encontrando-se com maior intensidade na primavera e atingindo o seu auge em maio e junho.
Assim, a palavra rinite alérgica é inevitavelmente associada a este problema, uma vez que esta doença é a mais prevalente de todas as doenças alérgicas em Portugal, tendo vindo progressivamente a aumentar ao longo dos anos.
Quais os principais sintomas da alergia ao pólen?
Os sintomas mais característicos deste problema são consequências da entrada do pólen nas vias respiratórias de uma pessoa alérgica, que faz com que o seu sistema imunitário procure combater este “corpo estranho” de forma a tentar eliminá-lo. Para isso são ativadas células libertadoras de histamina, que levam ao aparecimento de diversos sintomas.
Estes são muito semelhantes aos sintomas presentes numa constipação ou numa infeção vírica. A particularidade que os distingue é mesmo a ausência de febre.
Começam por afetar as vias aéreas superiores, evoluindo para:
- Múltiplos espirros;
- Pingo no nariz;
- Congestão nasal;
- Comichão nos olhos e nariz;
- Olhos lacrimejantes;
- Pieira;
- Apesar de raro, tosse seca, sem expetoração;
- Asma.
Qual o tratamento mais indicado para a alergia ao pólen?
Antes de mais é importante dizer que quando os sintomas clínicos começam, têm tendência a aumentar e agravar-se ao longo dos anos. No entanto, existe uma pequena percentagem (8%) que apresenta remissão clínica espontânea, deixando aos poucos de ter sintomas mesmo sem tratamento.
O mais habitual é que o tratamento seja dirigido de forma a aliviar os sintomas do doente, quando a alergia ao pólen já iniciou, ou um tratamento para impedir o aparecimento dos sintomas. De qualquer forma, este deve partir de um profissional de saúde, idealmente de um médico alergologista, de forma a que este estude o caso e pondere a melhor solução, sendo por isso essencial as consultas médicas. Nestas consultas é-nos também dito quais os pólens a evitar, com base em testes específicos.
O tratamento tem então recurso à toma de anti-histamínicos, seja pela forma oral ou nasal, de forma a impedir ou diminuir os sintomas e permitir assim melhorar o conforto do doente. Em casos mais graves, a vacinação pode também ser uma opção.
Como prevenir a alergia ao pólen?
Apesar da ineficácia de tratamentos a longo prazo, a alergia ao pólen pode ser tratada num curto espaço de tempo. No entanto, melhor do que tratar quando já se manifestam sintomas desconfortáveis e as defesas estão mais em baixo, é mesmo apostar na prevenção.
Assim, podemos conseguir uma melhoria na nossa qualidade de vida, sem termos que nos fechar durante meses em casa para fugir dos pólens na altura da primavera.
Algumas das medidas preventivas que devemos saber:
- Ter conhecimento do boletim polínico, facultado pela Rede Portuguesa de Aerobiologia, que está disponível durante todo o ano e onde podemos acompanhar as previsões de pólen no ar, bem como as zonas que apresentam maior intensidade, podendo assim evitar esses locais;
- Evitar andar ao ar livre nas primeiras horas da manhã que é quando as concentrações de pólen estão mais altas, especialmente em dias de muito sol e vento;
- Manter as janelas fechadas, sejam janelas de casa, do carro ou do trabalho. Alem disso, a utilização de filtros anti-pólen para o ar condicionado é aconselhado;
- Em casa, depois de andar na rua, trocar de roupa e tomar um duche;
- Não estender a roupa ao ar livre, utilizando preferencialmente a máquina de secar roupa;
- Evitar andar em locais com muitas plantas e relva, e, como consequência, evitar cortar a relva, se for o caso;
- Desportos ao ar livre devem ser evitados, ou pelo menos bem controlados, para que não sejam feitos em dias quentes e ventosos, onde a disseminação do pólen é mais fácil;
- Realizar exercício físico, no geral;
- Utilizar óculos de sol sempre que se encontrar no exterior, evitado assim o contacto direto dos olhos com os alergénicos.